segunda-feira, 12 de julho de 2010

Rafael

Minha vida por um tempo esteve ligada no automático. Fazia as coisas por fazer, porque já era costume. No dia que eu conheci o Rafael eu estava assim.

Fui pra Lapa na sexta que antecedia o fim de semana de carnaval desse ano. Estava cheio de gente, reencontrei uns amigos. Mas o ponto forte daquele dia foi ter conhecido o Rafael. Nem sei se é dessa forma que se escreve o nome dele. Um perfeito desconhecido pra mim.
Estava na escadaria da Lapa conversando e bebendo com uns amigos quando eu o vi passar. Ele estava com o violão nas costas subindo as escadas, o achei lindo. Ele desceu as escadas minutos depois. E eu por impulso pedi pro meu amigo o chamar. Ele se virou e o meu amigo apontou pra mim. Eu o pedi pra tocar violão pra gente e ele deu um sorriso aceitando.
Ele virou a sensação daquele lugar. E eu só queria estar ali, o ouvindo. Mas não pude deixar de conversar e sacanear meus amigos. Em algum momento sentei ao lado dele e fiquei cantando junto com todos as musicas que ele tocava. Um grupo se aglomerou e muitos queriam elogiá-lo, pedir musicas.
Aos poucos os flertes foram surgindo, os olhares, os milímetros que os corpos se uniam e que revelavam as intenções de se unir mais. Sentei atrás dele, ele se encostou em mim. Pedi que ele tocasse “minha flor, meu bebe”. Ele tocou. Encostei nas suas costas e fiquei cantando. Foi um momento bonito. Depois disso ficamos conversando, o violão estava com outra pessoa até que ele me beijou.
Não me dei conta que eu já estava sentada no colo dele naquela escadaria. Beijando e pesando as maiores pornografias possíveis. Ele começou a alisar minha coxa e quanto mais perto da minha genital mais excitada eu ficava. Queria ele ali e naquele momento, pena que estávamos cercados de muitas pessoas. Nos beijamos até de manhã e ficamos naquela imaginação poluída, retratando algumas ações com palavras ditas ao pé do ouvido.
Minha amiga me acordou para realidade, tínhamos que ir embora. Nos beijamos e nos despedimos. Sem nenhuma troca de contato. Voltei pra casa frustrada. Queria realizar as fantasias que eu imaginei.
Fiquei nessa mini obsessão por algum tempo. Descobri o telefone dele com um menino que estava na cantoria naquele dia. Até liguei para ele mas não marcamos nada e eu cansei de procurar (só liguei uma vez).
Meses depois eu o reencontro. Para ser exata, sexta agora na Lapa. Mas uma vez nem queria ir. Pensei em ficar em casa, ainda bem que não fiquei. Ele estava na escadaria como da outra vez. E eu o reconheci, mesmo com o cabelo cortado. O reconheci pelos olhos.
Uma amiga conferiu se era realmente o Rafael, foi e perguntou para ele. Depois de muito tempo, ele foi até ela perguntar o porquê daquela atitude curiosa. Ela falou que foi por minha causa. E ele perguntou o porquê. E ela falou.
Então ele veio até mim. Conversamos por um tempo e eu perguntei se ele estava com o violão. Ele falou que estava na casa dele e perguntou se eu queria buscá-lo. E eu fui. Meus amigos ficaram preocupados, me chamaram de louca, irresponsável. Mas eu sou isso mesmo. =D
No caminho até a casa dele ficamos conversando sobre tudo. Chegando lá nos pegamos. Transamos. Um sexo delicioso e que tinha tempos que eu não tinha. A minha única neura era o tempo. A preocupação deles por mim.
Ele me levou de volta até a escadaria, conversamos com uns conhecidos dele. Nos beijamos mais e umas amigas minhas vieram ao meu encontro para irmos pra casa. Eu levantei, o beijei e disse a ele “ a gente se esbarra”.
Me senti completa. Eu queria transar com ele. Rafael me ensinou que transar com um cara no primeiro dia, não é como eu imaginava. Não sairia dali pensando em casamento ou então me sentindo barata e suja. Não muito pelo contrário, me senti tão bem como não me sentia tinha um tempo. Eu necessitava de um sexo gostoso. Eu queria um homem que eu realmente sentisse excitação.
Se eu o verei um dia , eu não sei. Mas hoje, ele é uma recordação de um sexo e de uma noite boa na Lapa e na minha vida ...

Um comentário:

  1. vocâ anda lendo demais o que eu escrevo, hein?
    to sentindo mais lascividade na sua escrita (adoooooooro).

    hahaha

    o texto tah muito bem escrito, mas eu já conhecia a história
    \o/

    fico feliz de vc n ter se sentido mal depois. Essa sensação é a melhor EVER, mesmo.

    luv ya

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