segunda-feira, 12 de julho de 2010

Eduardo ¹

Dizem que a primeira impressão é a que fica, pois bem no meu caso com Eduardo não foi assim.
No dia eu que o conheci, ia encontrar com umas amigas numa praça. Tinha levado violão, cifras, bebidas e cigarro. Eu o avistei, ele estava passando pela rua e ia vindo na minha direção. Numa fração de segundos me decidi sobre a minha opinião pela beleza dele. E quase que imediatamente olhei pra Yasmin que havia feito o mesmo.
Conversas, bebidas e troca de olhares frenéticos com a Mimim. Telepaticamente decidíamos entre nós quem ficaria com aquele recém chegado. Pelo decorrer das conversas acabei ficando com ele. Lembro exatamente como foi.
Eu notei por coisas que ele havia me falado naquele dia, pelo comportamento, que ele não era aquele tipo de cara que eu levaria a sério. O problema é que eu nunca tive um tipo especifico. Eu sabia que não valia a pena, era só praquela noite e nada mais. Só que eu não me contive só com aquele dia. Eu, por alguma razão desconhecida por mim, via nele coisas boas, valiosas.
Conhecemos-nos três dias antes do aniversário de 21 anos dele. Ele havia chamado todos para ir e eu fui. Eu estava com ele, era notável. Toda hora nos beijava mos , ele me abraçava. Ele me “apresentou” a mãe dele. Nunca tinha passado por isso até então. Era uma vergonha imensa dentro de mim.
Nesse dia, depois da festa, fomos para um bar. Lá, uma amiga havia me contado que o Eduardo tinha ficado com uma amiga nossa. Me desapontei um pouco mas não podia cobrá-lo nada, só nos conhecíamos a três dias.
O tempo passou, e ele havia ficado com essa mesma amiga de novo. Mas agora a situação era diferente. Nosso envolvimento era mais “sério”, pelo menos pra mim. Discutimos e não nos vimos mais. Isso durou no máximo três dias. Estava doida para vê-lo e fazer as pazes. Mas queria que ele se desculpasse loucamente. Bom, esse meu desejo não se realizou.

Um comentário:

  1. "May estava sentada na mesa da praça, pernas abertas, de frente pra ele, que estava no banco. Não vi o primeiro beijo, só as mãos navegando de um corpo para o outro, uma coreografia de funk, uma canção de movimentos e desejo. Ela puxava seus cabelos caheados e o marcava em chupões. Todos olhavam, numa mescla de timidez e inveja. Eu estava lá e só pensava que também queria alguém que me fizesse perder o controle, como um fazia com o outro, enquanto misturavam seus corpos nas línguas que rebolavam nas bocas um do outro..."

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